terça-feira, 6 de maio de 2008

A UM VELHO CANTADOR LUSITANO

Seus lobos hipnóticos
São flechas cegas a decifrar minha senha.

Estamos sentados no êxtase,
Caro lusitano,
Suas imagens
Comovem-me loucamente,
Como um segrêdo
Que me roubastes
E eu mesmo
Não me revelaria.

Tu és o poeta,
Nobre lusitano,
Que inebria o reino
Com feroz doçura.

Tu és o poeta,
O caminho.

Bem sabes,
Velho lusitano,
Somos espanto
Ou palavra.


André Setti

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