sábado, 31 de julho de 2010

Pequeno Ensaio Sobre o Vagar.

Viajando a Austrália, 6.000Km vagando, vagando, andarilho, ensinando o que não sei.
Amigos, amigos são como luzes interiores e explodem dentro um milhão de caminhos, onde talvez encontre...
Vagando, ensinando.
Vejo a vida e a arte como a busca do extremo, o mais extremo. Talvez até como um beatnik em bangalôs baratos, no ônibus, dentro da música, na dança, em um cabaré, um nigth club. Dançando como um louco.
O extremo... Como quando Cioran sentiu o vazio da existência insustentável do humano . Mas isso ainda não era a resposta sonhou Kierkegaard dentro de uma nuvem, “A depressão é só uma estação na ferrovia da vida”.
Estações, sigo, Byron Bay, Sydney, Coffs Harbour, Torquay, Cairns… Talvez algum lugar onde o corpo exploda na serena alegria do Sol de dentro, dentro do Sol de fora.
Byron Bay agora na escrita.
As ondas de Byron Bay são cítaras feitas pelas mãos de um artesão generoso, com os braços pousados no vento de uma guitarra mística. Esses instrumentos, as ondas de Byron, são onde desenho a música da dança do corpo, mas a música sonhada dentro da melodia perfeita. Longa melodia, perfeito instrumento, essas ondas.
Os melhores surfistas são artesãos que dançam como um Sol melódico, e buscam as desconexões em um acorde que se abriga na harmonia de tudo.
Vejo agora, os corpos caminham pela praia no fim da tarde e são também o som dos pássaros







..............................................................sem ponto final





Felipe Stefani, Byron Bay, Australia, Inverno 2010