sábado, 1 de janeiro de 2011

A Carlos Drummond de Andrade





Todo abismo está no ato,
sonhou o cantor do sono.

O mundo suporta teus ombros,
e eles não cabem nas mãos de um menino.

O breve é vasto,
diz o bailarino.

E não tenho dedos para tecer
dentro do corpo
os estigmas do vento,
a mudez das luas.

Vivemos da fome, da fuga,
do exílio.

O resto é a bruma
que resta do impossível.





***
Felipe Stefani, santos 2010

6 comentários:

Anônimo disse...

Perfeito para ele. Perfeito!

Beijo.

Anônimo disse...

Oi, Felipe.

É muito bom vir aqui, pq sempre saio com a alma leve...

Adorei isso:

"E não tenho dedos para tecer
dentro do corpo
os estigmas do vento,
a mudez das luas."

Perfeito!
Beijos :)

Daniella Caruso disse...

Muito interessante seu blog. Também faço poemas, e meu blog está de portas abertas: www.qbonecadoll.blogspot.com. beijinho.

Lilly Falcão disse...

Arre.

Ana Cândida disse...

vc sabe o que eu diria..

Ana Cândida disse...

nao digo nada. meu silencio vc conhece..