sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Pontes da Arte.


Biblioteca Medicea Laurenziana, projeto de Michelangelo; Florença.

Mark Rothko, Orange and Yellow, 1956.

Após visitar a Biblioteca Medicea Laurenziana, em Florença, Mark Rothko ficou profundamente influenciado pelas “janelas para o nada” projetadas por Michelangelo. São elas que aparecem em quase toda sua obra posterior. Isso mostra como o passado pode estar sempre presente na arte. Rocthko, um artista moderno (ou pós-moderno se preferirem) influenciado por um renascentista que por sua vez foi influenciado pela arte greco-romana. Porém existe ainda uma outra tradição, que foi abandonada na renascença, que é a tradição da arte simbólica, onde a arte representava os símbolos religiosos e metafísicos. Será que um dia voltaremos a compreender o significado e a beleza da simbologia metafísica, e arte voltara a ser influenciada por seus símbolos?

Pintura Medieval.

2 comentários:

Walmir disse...

Mano blogueiro, estas pontes sao mesmo o que destaca a arte como fio perene pelo coracao dos viventes humanos. Veja que a ciencia, por exemplo, pode ser poetica. Pode, sim. Mas em ciencia uma nova descoberta remete a verdade anterior ao esquecimento. Na arte uma nova apresentacao compoe-se com suas ancestrais. Nao sao pontes de vento, mas de fortissimas estruturas, perenes.

Marcelo Novaes disse...

Você, Felipe, certamente parece ligado à simbologia metafísica ( vide seus próprios desenhos, por vezes, e alguns d seus textos....) Seja isso medieval ou não.Isso é atemporal. No post abaixo, todo ele eivado de misticismo declarado, a refer~encia pode ser até a de um monge com seu bastão, des-denominando o que fôra mal nomeado. Desnomeando, para rebatizar.
De qualquer maneira, você pega um veio essencial do que pode a arte pretender ( nesse todo que vc pega: gráfico-plástico-verbo): a veia da vida.



Parabéns, amigo!





Abração,






Marcelo.