terça-feira, 28 de dezembro de 2010

I




O silêncio invade
as rotas da indagação.

Existo?

E as flautas do mar recobram o olvido.




II




E eu que amava o sonho dos pássaros,
dizia as vozes imprevisíveis
que dormiam no mar:

"Como posso sonhar,
se a exatidão em que navegam as aves
é maior que a própria vida?"

E as sombras do silêncio repetiam:

"É preciso cantar para invadir o segredo".





***

Felipe Stefani, Manly Beach, Austrália 2010.



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5 comentários:

Anônimo disse...

Ora, ora! Então vc tb tem um blogue onde nos presenteia com a arte em palavras... rs

Feliz pela descoberta! Adoro poesia e vou ler as suas com calma. :)

Grande abraço e um 2011 maravilhoso, cheio de inspiração e arte pra vc! ;)

Anônimo disse...

Caramba! Eu achei que o forte de sua veia artística estava nos desenhos. Por isso eu quis presentear vc com um poema feito a partir de um desenho seu. Mas, agora, lendo todas essas maravilhas aqui, fiquei sem jeito. rs (Pobre de mim com os meus versinhos perto da grandeza do seu poetar!) rs

Vc escreve lindamente! Parabéns! :)

Jovina Santos Torres disse...

Muito bonito! Poema melancólico e doce...

Lilly Falcão disse...

Dead. mute.
Deaf flute.

sérgio disse...

aves voam
meus pensamentos
desenham no azul
com asas no desejo
da liberdade...

Lindos poemas!
Abração!