sexta-feira, 26 de março de 2010

E eu que amava o sonho dos pássaros,
dizia às vozes imprevisíveis
que dormiam no mar:

Como posso sonhar,
se a exatidão em que navegam as aves
é maior que a própria vida?

E as sombras do silêncio repetiam:

"É preciso cantar para invadir o segredo".



***

Felipe Stefani, Manly, Australia, 2010.

Um comentário:

Walmir disse...

Belo poema. Pergunta de vivente sobre o sentido da vida só pode mesmo ter resposta razoável em modo de poesia.
Muito bom.
Walmir
http://walmir.carvalho.zip.net