quarta-feira, 15 de julho de 2009
Cortejo do Crepúsculo
Sou como os velhos peregrinos de Bizâncio
na anunciação das vastidões precárias
no ritmo dos enganos do corpo
nas batalhas
quem caminha entre o hino
e o sonho do império
tem toda dimensão da vida de um era
e se ergue o olhar as labaredas do anoitecer
(leve ofuscamento angular da eternidade)
vê refletida nos altares dos palácios
a majestade
não da vida
ou da rima
contida na ressurreição dos príncipes
mas do silêncio dentro de um grito
que escapa
e nos corteja
na mão da tecelã que se envaidece com o crepúsculo
o inefável labirinto absoluto está em tudo
resta o tempo a desfazer o próprio tempo
no mundo.
***
Poema e Fotografia de Felipe stefani
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3 comentários:
Belíssino, Felipe.
Qualquer elogio a mais estragaria a sinceridade do teu conjunto verbo-visual.
Abraço forte.
Bom voltar aqui.
Continuemos...
Belíssino, Felipe.
Qualquer elogio a mais estragaria a sinceridade do teu conjunto verbo-visual.
Abraço forte.
Bom voltar aqui.
Continuemos...
Felipe, muito bom!
das minhas cruzadas pela blogosfera da poesia, a sua me agrada muito; continue, por favor.
aproveitando o ensejo, convido-o ao meu: www.antesentenaonada.blogspot.com
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