domingo, 5 de julho de 2009
Poema em fuga no twitter.
Fiz um poema no twitter, ou melhor fiz e refiz com partes de poemas meus antigos, depois juntei e vi no que deu, isso:
Posso aventurar-me a perguntar às flautas do céu às flautas da terra o que nada significa disso a ave se encerra no céu e seu nome é vento
Ainda não emergido da minha fonte onde as oliveiras choram morrerei amanha nos espinhos nas quedas da paisagem do silêncio continuo
é preciso ter os pés atonitos para se lançar contra o declinio
é isso o amor uma visão esplêndida no dentro e no fora da elegante demência que naufraga
sei que toca as partes vivas e a morte do enlace onde nasce a música e as estaçòes nos moldam a chama e a simetria
até a luz além da luz da vida
é preciso ter os pés atonitos para se lançar contra o declinio
O tempo é ilusão
sinto calma quando os braços tingem surpreendidos a súbita infinitude e paira sobre os ossos o intacto rascunho da chuva anterior e sempre
e assim damos o nome
ou então o caminho?
não a caminho no meio do nome (o mestre disse)
posso aventurar-me a perguntar as flautas da terra as flautas do céu o que nada siguinifica disso
o grande labrego explode no ar e seu nome é vento
antes
fogo
delírio das paisagens de um grito extremo
para dizer
mundo
de entender do abismo o acorde mais profundo
Poema e desenhos de Felipe Stefani.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
interessante a idéia de juntar fragmentos, gostei do resultado :D
há expressões muito sonoras...
Postar um comentário