sexta-feira, 14 de novembro de 2008
Acorde Noturno.
O acorde da noite
mais uma vez tombou
sobre meu corpo migrante,
e, sendo a música a vastidão no instante,
deixei-me sonhar em volta dela.
Ela que me tocou na noite,
na correnteza de músicas estranhas,
como mar revolto entre as sombras dos naufrágios.
E navegamos,
sacrificando o mar, multiplicando as margens,
a infinita música dos presságios,
exilados nessa travessia,
onde somente as estrelas morrem por nós.
Poema e desenho de Felipe Stefani.
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3 comentários:
ha obscuridades da alma que soh podem mesmo ser reveladas, ou se deixarem menos opacas, pela poesia.
muito bom.
grande abraco.
walmir
http://walmir.carvalho.zip.net
é muito bom
ler teus versos
que adentram no olhar
e chovem... partículas da noite...
beijos poéticos
Os ombros suportam o mundo
Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus.
Tempo de absoluta depuração.
Tempo em que não se diz mais: meu amor.
Porque o amor resultou inútil.
E os olhos não choram.
E as mãos tecem apenas o rude trabalho.
E o coração está seco.
Carlos Drummon de Andrade
Penso que servem estas palavras. Falamos me linguagem poética.
Bom post. Parabéns!
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