I
Imagino através das cítaras.
Ouço pelo esquecimento.
Levanto.
Respiro.
Sei que o mundo é imenso.
II
Como são abruptos
os sinos mudos do outono.
Violento,
o rasgo anterior
de um grito inaudível.
Tudo é sono.
Pois tudo tende,
de uma forma secreta,
contra as lacunas abismais do esquecimento.
***
Felipe stefani, Santos 2010.
domingo, 5 de dezembro de 2010
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3 comentários:
Dois poemas de grande delicadeza e força. (Um poema não precisa muito para ser forte.)
Gostei, Felipe.
Abraços.
"Tudo é sono." Gostei muito, Felipe. Bons versos! Abs
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