Felipe Stefani.
Eu vi o escasso tempo de malabarismos juvenis
A estalar a seiva acidentada da tarde,
A aurora pura entrelaçada ao meu próprio sono
Nos instantes precários de um segredo vago.
Na oblíqua solidez dos corpos
Abre-se a rosa inicial sem nome, turva e casta,
Impura como a brisa imaculada dos sonhos, da voz,
Em uma espécie de chamado.
Eu vi o estrondo de uma gloriosa infância,
A alegria que em mim eram crianças cintilantes,
Na tarde volúvel, onde o mar, em silêncio maior,
Faz dos corpos uma presença errante.
Devo amar calado o triunfo crepuscular da juventude,
Seus beijos ao mar e sua oferenda de mistérios,
Na rosa oblíqua de um chamado puro,
Na vastidão precária dos instantes.
Eu vi tudo isso e amei, sendo eu mesmo uma oferenda eclusa
Aos mistérios juvenis, que desafiam os segredos do mar.
A estalar a seiva acidentada da tarde,
A aurora pura entrelaçada ao meu próprio sono
Nos instantes precários de um segredo vago.
Na oblíqua solidez dos corpos
Abre-se a rosa inicial sem nome, turva e casta,
Impura como a brisa imaculada dos sonhos, da voz,
Em uma espécie de chamado.
Eu vi o estrondo de uma gloriosa infância,
A alegria que em mim eram crianças cintilantes,
Na tarde volúvel, onde o mar, em silêncio maior,
Faz dos corpos uma presença errante.
Devo amar calado o triunfo crepuscular da juventude,
Seus beijos ao mar e sua oferenda de mistérios,
Na rosa oblíqua de um chamado puro,
Na vastidão precária dos instantes.
Eu vi tudo isso e amei, sendo eu mesmo uma oferenda eclusa
Aos mistérios juvenis, que desafiam os segredos do mar.
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Esculturas: Megumi Yuasa; Foto: Felipe Stefani
Desenho: Sandra Lagua
Fotografia: Nilton Leal
Poema: Felipe Stefani
3 comentários:
Amei os desenhos de Recife. Acabo de responder seu último e-mail. Rapidamente, porque o tempo me engole. Besitos.
..."nada mais transgressor hoje em dia que escrever poemas tradicionais".
De fato. Um tom sóbrio & o aspecto sagrado da poesia podem ficar muito belos em uma forma tradicional e, sem dúvida alguma, soa trangressor em tempor de poemas-piada-trocadinho e coisas assim. Mas o melhor de tudo é poder experimentar, o campo aberto de possibilidades estéticas. Também sou desse time.
Penso que experimentar é passo importante, mano blogueiro. Mas também o persistir em caminhos que o coração artístico aponta, esta coisa fugidia chamada estilo, a precisão com que se acerta o alvo pretendida, a elaboração do próprio risco ou escrita como marca criativa.
Grande abraço
Paz e bom humor, sempre
walmir
http://walmir.caralho.zip.net
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