quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

2005, Noite, Avenida Paulista...


Nos idos de 2005, andando na Avenida Paulista, de madrugada, com um amigo que acompanhava este poeta-turista... enfim, surgiu o poema que ora transcrevo.


VIOLENTAS MEMÓRIAS

Somos vulto
na cidade onde o tempo
perde-se em dor entre brumas.

Os passos se dispersam,
a cidade compõe
sua plena música.

Andamos violentas memórias
nas primaveras impróprias,
a Lua a nos dizer das distâncias.

E esquecemos as virtudes, às vezes,
na música dos passos,
até nos perdermos, inspirados.

Ribeiro Eiras

3 comentários:

Anônimo disse...

soh a starbucks salva desse sentimento. ou piora.

Anônimo disse...

EMERGIA ENTRE OS TEMPOS

Acordei hoje bem cedo
E sai para andar
Uma vontade me conduzia
Para ir a algum lugar.
Segui olhando a paisagem
E percebi o avançar
Das horas que se passavam
E cansada a pensar.
Olhei de novo a paisagem
Que veloz corria ao olhar
Pois da janela sentada
Vinha em mim o imaginar
Sondava o meu conciente
Que tremulava ao lembrar
Das lembranças que vagavam
No fundo do meu olhar.
E na sobriedade do momento
Vacilava a sonhar
Que um dia a vida ia devagarinho
mudar.
Lampejava no silencio da noite
que ao chegar, tripudiava o meu tempo
deixando-me a soluçar
Delirava em meus sonhos de poder
ir viajar, pela linda via lactea e o céu
poder tocar
Derrepente alguem chegou
Em meu ombro repousou
Uma mão tão delicada
que acalmava o palpitar.
Trazia de volta a vida
Aquela que ali passou
Recordara que vestia
Um lindo jardim sem sol.
Ramalhetes enfeitavam
A tumba que adormeceu
E no sonho eu a via sorrindo
Do lindo sol.
Transformando em poesia
As imagens a ilustrar
A paisagem do meu dia
Que vinha saborear.
No horizonte escondido
Que o rouxinol cantarolou
A melodia mais linda
Que falava do amor.
Que emergia entre lagrimas
Que compunha o ouvidor
Da passarela da vida
Que hoje canta o beija flor.
E2RM
10/12/2007

Vitor Novais disse...

Cara, essas são palavras tão essenciais que vou publicá-las em meu Blog, com toda permissão e créditos. Abração do amigo
Vitor