Duas Visões do Outono.
Vi um estranho
atravessar a rua,
seu vulto seco
escurecia o mar.
Seus braços não moviam,
era o mundo de sombras,
o pendulo que sorvia
o lastro da agonia.
Tarde de chumbo,
as ondas
retraem
o tempo.
Estrangeiro,
como essa flor,
por ser perpétua,
presa ao perene.
Cada passo
é morrer
contra o céu.
A Deus,
o estranho sou eu.
a
senda
rasgada
navalha
palmas
cortadas
a
Deus
se
o
Sol
cega
seja
guia
entre
brumas
labirintos
mudez
véu
terça-feira, 29 de março de 2011
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4 comentários:
Mis saludos desde Santiago de Chile, caro poeta, un agrado de lectura-mirada, abrazo fraterno,
Leo Lobos
Imenso!
Que beleza tua poesia, Felipe! Linkei teu blog no Longitudes, ok? Abraço!
Adeus ao léu.
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