A Carlos Drummond de Andrade
Todo abismo está no ato,
sonhou o cantor do sono.
O mundo suporta teus ombros,
e eles não cabem nas mãos de um menino.
O breve é vasto,
diz o bailarino.
E não tenho dedos para tecer
dentro do corpo
os estigmas do vento,
a mudez das luas.
Vivemos da fome, da fuga,
do exílio.
O resto é a bruma
que resta do impossível.
***
Felipe Stefani, santos 2010
sábado, 1 de janeiro de 2011
Assinar:
Postar comentários (Atom)
6 comentários:
Perfeito para ele. Perfeito!
Beijo.
Oi, Felipe.
É muito bom vir aqui, pq sempre saio com a alma leve...
Adorei isso:
"E não tenho dedos para tecer
dentro do corpo
os estigmas do vento,
a mudez das luas."
Perfeito!
Beijos :)
Muito interessante seu blog. Também faço poemas, e meu blog está de portas abertas: www.qbonecadoll.blogspot.com. beijinho.
Arre.
vc sabe o que eu diria..
nao digo nada. meu silencio vc conhece..
Postar um comentário