No signo furioso do mais cruel outono,
Minha guerra é pouca frente ao mundo,
Desperto na bruma da manhã a lucidez espartana;
Avarezas, ninharias, parcas recompensas.
O outro, o louco, perdia-se nas tabernas.
Na juventude, meu tio me levou aos campos,
Não tive medo.
Vi uma moça com cabelo de relâmpago,
Seu nome era doce, ela era doce,
Não me lembro.
A janela tem o tamanho de minha guerra,
Devo sair pelas ruas com a pressa das cifras,
Ajustar meus passos.
Amanhã morrerei.
Há um louco nas tabernas.
Nos campos, ela era doce.
Talvez conhecerei uma dama decadente.
Algumas lembranças podem ser o incêndio das palavras,
Nos remotos destinos, conheceram outras terras,
E tudo isso era o milagre,
Um outro nome para dizer mundo.
A verdade é um cântaro vazio.
Talvez ela tivesse relâmpagos,
Alguma explicação tardia,
Armadilha do tempo.
Impetuoso, o século nasceu e não teve nome.
Como tirano, instaurou-se o labirinto.
Tenho em casa um livro antigo.
A casa é breve, o livro, vasto.
Abri-lo seria um grande perigo.
Trabalho em uma rua tempestuosa.
O escritório tem vista para dentro.
Tranco-me numa sala ruidosa.
Seria esta a resposta do tempo?
Andre Setti e Felipe Stefani.
sábado, 7 de março de 2009
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