quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
Vitral Gótico.
Caminhando
em uma cidade européia,
certa vez contemplei,
surpreendido, a luz de um vitral.
Que formas irrestritas
buscava naquelas cores?
Como se o homem e a catedral
fossem de Deus a mesma partitura,
como se a arquitetura
seguisse a mesma geometria
de uma alvorada mítica,
e eu também seguia
a mesma dança,
tentando compreender o jogo,
o que a mente arquiteta,
mas nunca alcança,
como se o vidro recortado
buscasse o mesmo encaixe
na mão da obra primitiva,
que é maior, bem maior que a vida.
Felipe Stefani.
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